Como Pata de Dinossauro Virou Asa de Galinha

on quinta-feira, 18 de junho de 2009

Espécie de 160 milhões de anos ajuda a resolver mistério sobre dedos. Membro de animal mostra elo entre anatomia de dinos e descendentes.

Gerações de paleontólogos quebraram a cabeça tentando entender como os dedos das patas da frente dos dinossauros viraram os ossinhos hoje ocultos nas asas das aves -- uma conta anatômica que não parecia fechar. Um fóssil recém-descoberto na China vem em socorro deles, indicando que a incongruência é apenas aparente e, quem sabe, removendo um dos últimos obstáculos para a hipótese de que os animais penosos de hoje são apenas versões repaginadas dos antigos dinos.


O protagonista foi batizado de Limusaurus inextricabilis e é um dinossauro relativamente pequeno (de apenas 1,7 m de comprimento), herbívoro (embora quase todos os seus parentes fossem comedores de carne convictos) e com patinhas da frente que chegam perto de ser meros tocos.

O que esses toquinhos de "mão" escondem, no entanto, é um bocado valioso, argumenta a equipe liderada por Xing Xu, respeitado pesquisador do Instituto de Paleontologia de Vertebrados e Paleoantropologia de Pequim. Junto com colegas chineses, americanos e mexicanos, Xu assina a descrição do dino na "Nature". O L. inextricabilis tem um minúsculo polegar -- justamente o polegar que estava faltando para construir de vez a ponte anatômica entre dinossauros e aves.

Se ficou obscuro, calma -- a coisa não tem nada de sobrenatural. O que acontece é que, debaixo das penas e dos músculos das asas, as aves de hoje possuem versões reduzidas de três dedos. Os cientistas costumam numerar os dedos de qualquer vertebrado terrestre contando a partir do polegar, que é o número 1 (mais ou menos como alguém olhando a própria mão direita). No caso, as aves ainda têm, em suas asas, os dedos 2, 3 e 4 -- os nossos indicador, médio e anular.

Até aí tudo bem -- se não fosse pelo fato incômodo de que as formas mais próximas das aves entre os dinossauros do grupo dos chamados terópodes -- criaturas como o famigerado Velociraptor e outros -- parecem ter os dedos 1, 2 e 3, e não os dedos 2, 3 e 4. Usando apenas a anatomia dos fósseis, era um bocado difícil explicar como a configuração de dedos das patas dos dinos desembocou na dos dedos nas asas das aves.

Daí a importância do L. inextricabilis. Os espécimes do bicho, que vieram do fundo de uma antiga lagoa (daí seu nome científico, que significa algo como "lagarto da lagoa impossível de ser salvo"), parecem ser o registro de uma fase da evolução dos dinos terópodes de uma época em que o dedo 1 (o polegar) estava quase sumindo e o dedo seguinte, o 2, estava assumindo algo das características dele.

O L. inextricabilis não é um ancestral direto das aves. No entanto, o interessante é que ele pertence a um grupo primitivo, mas proximamente aparentado à subdivisão dos terópodes que desembocaria nas aves. Isso indica que a anatomia dele traz dados importantes para entender a transição posterior de patas para asas.

Para Xu e companhia, eis, portanto, o que aconteceu: os terópodes que deram origem às aves, assim como o L. inextricabilis, reduziram seu dedo 1, até que ele sumisse. O novo fóssil também mostra que os ossos da "mão" mais próximos do "braço" mantiveram as características típicas dos dedos 2, 3 e 4, enquanto os ossos mais próximos da ponta dos dedos passaram por uma variação morfológica que os deixou mais parecidos com os dedos 1, 2 e 3. A diferença entre aves e dinos nesse quesito, portanto, seria apenas aparente, e não real.

Os pesquisadores lembram que experimentos com embriões de galinha mostraram um fenômeno semelhante. O futuro pintinho começa seu desenvolvimento com todos os cinco dedinhos e acaba ficando só com os 2, 3 e 4 -- mas o padrão de ativação de genes nesses dedos indica que eles assumem parte das características dos dedos imediatamente precedentes.



Fonte: G1

Dia Mundial do Meio Ambiente

on quinta-feira, 4 de junho de 2009

Recados para Orkut
O Dia Mundial do Meio Ambiente é comemorado em 5 de Junho. A data foi recomendada pela Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente, realizada em 1972, em Estocolmo, na Suécia. Por meio do decreto 86.028, de 27 de maio de 1981, o governo brasileiro também decretou no território nacional a Semana Nacional do Meio Ambiente.

Paleotocas no Sul do Brasil

on sábado, 30 de maio de 2009

Cerca de 60 túneis intactos escavados por tatus gigantes foram descobertos em solo brasileiro pelo paleontólogo Francisco Buchmann, professor do campus do Litoral da Unesp - Universidade Estadual Paulista, em São Vicente. Esses gigantes, extintos há 10 mil anos, pareciam-se muito com o tatu atual, com a diferença de atingirem um metro de altura e até 2 metros de largura. Os túneis - chamados de paleotocas - concentram-se na região sul do país e podem se estender por centenas de metros.

De acordo com o pesquisador, esses animais começaram a evoluir há 60 milhões de anos para ocupar o vazio deixado pela extinção dos dinossauros. Eles viveram na América do Sul entre 10 milhões e 10 mil anos atrás aproximadamente e desapareceram totalmente devido a mudanças climáticas. 'O índio brasileiro conviveu com esses tatus gigantes', diz Buchmann. 'Em Santa Catarina, índios e outros animais usavam as tocas como casa', completa o paleontólogo.

Ainda não se sabe exatamente que espécie de tatu gigante foi responsável pela construção das galerias subterrâneas no sul do Brasil. Até agora, as evidências sugerem que o escavador foi um tatu dos gêneros extintos Propraopus ou Eutatus. As únicas pistas são as marcas de carapaça, cotovelos, pêlos e principalmente garras impressas nas paredes. Buchmann registra essas marcas em silicone para depois tentar comparar com fósseis em museus. Mas, com as paleotocas, os pesquisadores podem estudar quais eram os hábitos dos tatus gigantes - mais do que é possível saber apenas com a análise de seus ossos fossilizados.

Proposta para que um dos túneis encontrados - a paleotoca de Cristal, no Rio Grande do Sul - seja preservado como patrimônio natural da humanidade foi aprovada pela Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos em 2008. Buchmann e sua equipe trabalham agora na elaboração do texto que permitirá o registro definitivo do sítio geológico e a sua conservação.

Fontes: Globo Rural

Descoberto o Fóssil da Maior Cobra do Mundo

on quinta-feira, 28 de maio de 2009

Uma equipe de cientistas encontrou em uma mina da Colômbia o fóssil que pode ter sido da maior cobra do mundo. O fóssil, de 60 milhões de anos, tem 13 metros de comprimento e pesa mais de uma tonelada, segundo o Instituto Smithsonian de Pesquisas Tropicais, sediado no Panamá.

Os pesquisadores encontraram os ossos do vertebrado em uma mina de carvão de Cerrejón, na Guajira colombiana (nordeste), uma área que há 60 milhões de anos era uma floresta tropical chuvosa.

O pesquisador Carlos Jaramillo, do Smithsonian, e Jonathan Bloch, curador de Paleontologia de Vertebrados do Museu de História Natural da Universidade da Flórida, coorganizaram diferentes escavações na Colômbia, que desenterraram os restos fósseis de uma nova espécie, chamada de Titanoboa cerrejonensis".

Durante meses, o grupo encontrou diferentes tipos de fósseis, até chegar à conclusão de que se tratava de uma serpente.

"A descoberta da Titanoboa põe à prova nossos conhecimentos sobre os climas no passado e nos ambientes, assim como as limitações biológicas sobre a evolução das cobras gigantes", disse Jason Head, pesquisador associado do Museu Nacional de História Natural dos Estados Unidos. "Isso mostra toda a informação que se pode conseguir sobre a história da Terra, recorrendo ao registro de um réptil em seu estado fóssil", completou Head.

“Essa coisa pesa mais que um búfalo e é mais comprida que um ônibus urbano”, afirmou o especialista em cobras do Museu de História Natural de Nova York, Jack Conrad. Segundo ele, o monstro poderia “comer facilmente algo do tamanho de uma vaca e um ser humano estaria morto num instante”.

Para calcular o tamanho e o peso do ofídio, Head e David Polly, professor associado de Geociências na Universidade de Indiana, basearam seus cálculos no raio entre o tamanho das vértebras e o tamanho das cobras existentes hoje. Os cientistas também encontraram ossos fossilizados de crocodilos e tartarugas, presas desse tipo de serpente naquela época.

Para o principal autor da pesquisa, o paleontólogo Jason Head, da Universidade de Toronto Missisauga, a pessoa que se deparasse com este animal estaria em apuros. “Se ela tentasse entrar no meu escritório, teria sérias dificuldades em passar pela porta”, afirmou. O estudo foi publicado na edição desta quinta-feira da revista científica Nature.

“Embora seja uma parente das jiboias modernas, ela vivia mais como uma sucuri, e passava a maior parte do tempo na água”, explicou Head. A cobra também era capaz de rastejar pela terra e de nadar.

O tamanho da Titanoboa indica que o animal viveu em um ambiente com temperatura média anual era de 30ºC e 34ºC.

Até hoje, a maior serpente do mundo tinha cerca de 10 metros, e a mais pesada era uma píton de 183 kg, de acordo com o Smithsonian.


Fontes: Jornal Dia a Dia, O Imparcial

Diário de Bordo - Museu Geológico da Bahia - SSA

on sexta-feira, 22 de maio de 2009

Diário de Bordo – Salvador-BA

Visita ao Museu Geológico da Bah
ia
Equipe: Alexandre Rodrigues, Cleberson Sampaio, Elienai Oliveira, Moacir Oliveira, Rosana Souza



No dia 30 de abril de 2009 nós da turma do IV Semestre, noturno, do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), juntamente com a professora de paleontologia, Rita Barreto, e o monitor Leomir, partimos aproximadamente às 04h30min da manhã em direção a Salvador-BA para fazermos uma visita ao Museu Geológico da Bahia.





Chegamos aproximadamente às
09h30min à capital e fomos direto ao Museu, que é um centro de pesquisa e difusão do patrimônio geológico da Bahia, e expõe as pedras, rochas e riquezas minerais presentes em solo baiano, brasileiro e mundial.

Fomos recebidos pelo professor de Geologia, Sr. Francisco Duarte, o qual nos guiou e demonstrou seu conhecimento a respeito de cada área do museu.





Começamos conhecendo o muro ornamentado por Juarez Paraíso com rochas e minerais, o qual representa a origem da vida.










Logo após fomos para a sala de cinema onde assistimos um filme relacionado aos fósseis.













Paramos no salão de rochas ornamentais e seguimos em direção ao salão de fósseis onde ele explanou um pouco mais sobre o assunto.








No salão dos fósseis e
le nos deu uma aula sobre a origem da vida na Terra com base no estudo dos fósseis. Falando de cada Éon >> Era >> Período, e seus respectivos eventos. Foi uma verdadeira viagem no tempo geológico.










Dentre os exemplares e réplicas e fósseis nós vimos: madeira fossilizada,












estromatólito,












peixe fossilizado,














vértebra de uma baleia primitiva. Esses fósseis têm grande importância na datação de rochas e origem da vida na Terra.












Vimos também a réplica de um Mastodonte,













e a reconstituição do seu esqueleto.














Logo após visitamos outras salas como a que contém uma exposição sobre a indústria do petróleo
no Brasil. Essa sala possui explicações a história da indústria petrolífera no Brasil, além de amostras em miniaturas das plataformas, dos produtos produzidos utilizados pelos petroleiros.













A que possui a ilustração do Sistema Solar
e













a réplica do meteorito Bendegó; o maior meteorito brasileiro. Encontrado em 1784, no município baiano
de Monte Santo e classificado como o 11º mais importante do mundo.










Passamos também pela sala dos Cristais onde encontram-se muitas gemas e pedras semipreciosas dentre outras. Inclusive as réplicas dos 40 maiores diamantes do mundo. E uma outra sala que está reservada para a coleção Otto Billian.









Terminada a loooonga visita, aproximadamente ao meio dia, depois de uma pausa para a foto, fomos almoçar....










e... depois de um tempinho de descanso, pegamos a estrada de volta à nossa querida Jequicity.





Clique nas imagens para ampliar.

Cientistas Desvendam Fóssil de Darwinius Masillae

on quarta-feira, 20 de maio de 2009

Um fóssil de um animal que viveu há 47 milhões de anos, fora encontrado há alguns anos na Alemanha. Agora, o fóssil foi analisado com mais profundidade, determinando as características de um primata que conduziu ao ramo evolutivo de macacos e seres humanos. Isso não significa dizer que o fóssil era de um macaco, mas de um ancestral comum a macacos e humanos. Descrito como o “mais completo fóssil primata já descoberto”, o fóssil mostra o que seria uma fêmea jovem, do tamanho similar ao de um pequeno macaco. Somente o membro inferior esquerdo está faltando, mas a preservação é tão notável que pode-se ver os vestígios de pele e flexibilidade do corpo.

A última refeição do animal, de frutas e folhas, permaneceram na cavidade do estômago, demonstrando que morreu bruscamente, e segundo a Ciência, a boa conservação do corpo mostra que a fossilização foi relativamente rápida – já que foi extraída de uma rocha metamórfica, proveniente da ação de temperatura e pressão sobre argila, na pedreira perto de Darmstadt, Alemanha – indica que a causa da morte pode ter sido por afogamento no lago vulcânico em Messel, mas não se tem certeza. Exames radiológicos e de tomografia computadorizada mostraram que o animal tinha um pulso esquerdo fraturado.

O fóssil foi descoberto por um colecionador privado que dividiu as ossadas em duas metades. Uma foi restaurada e vendida como se estivesse completa, acabando por ser adquirida por um museu privado em Wyoming. Em 2000, descobriu-se que era uma fraude. A outra metade, que era maior, foi comprada há dois anos pelo museu de Oslo, na Noruega.

“O meu coração começou a bater muito depressa”, disse aos jornalistas Jorn Hurum, referindo-se à compra do fóssil. “Eu sabia que o vendedor tinha nas mãos um acontecimento mundial. Não consegui dormir durante duas noites”, explicou o investigador do Museu de Oslo que esteve à frente da investigação, que foi hoje publicada na revista Public Library of Science. Quando o grupo começou a estudar o fóssil, rapidamente chegaram à conclusão que era a parte que faltava à metade já conhecida.

A pesquisa sobre sua importância foi liderada pelo cientista Jorn Hurum, do Museu de História Natural de Oslo, Noruega. Hurum diz que o fóssil representa “a coisa mais próxima que temos de um ancestral” e descreveu a descoberta como “um sonho que se tornou realidade”. Um dos pesquisadores que analisou Ida (como o fóssil foi batizado), Jenz Franzen, disse o fóssil tem traços que guardam “grande semelhança conosco”, como unhas em vez de garras e o polegar em uma posição que permite agarrar coisas com a mão, como o homem e outros primatas.

Ainda assim, segundo ele, o fóssil não parece ser um ancestral direto do homem, mas sim estaria “mais para uma tia do que uma avó”.

Os investigadores resolveram chamar a nova espécie de Darwinius masillae, em honra aos 200 anos do nascimento do evolucionista Charles Darwin.

Apesar de tudo, a descoberta está a ser um êxito. Foi mostrada em Nova Iorque no Museu de História Natural pelo presidente da cidade, Michael Bloomberg, e a seguir volta para Oslo. “São necessários um ou dois ícones para arrastar as pessoas para o museu. Isto é a nossa Mona Lisa e vai ser a nossa Mona Lisa nos próximos cem anos”, concluiu Jorn Hurum.


Fontes: Portal EcoDebate, Quarta República, Público

Extinções

on terça-feira, 19 de maio de 2009

A idéia de que uma espécie inteira de criaturas pudesse desaparecer para sempre não era aceita pela maioria das pessoas até meados do século XVIII. Entretanto, fósseis “inexplicáveis” continuavam se avolumando, enquanto os locais mais recônditos da Terra iam sendo explorados e não revelavam a presença de nenhuma destas criaturas ainda vivas. Alguns eram animais tão grandes q era impossível que pudessem ainda estar vivos em algum lugar sem serem percebidos pelo olhar humano. Assim sendo, tinham de estar EXTINTOS.

Mas que tipos de fenômenos podem fazer com que uma espécie desapareça totalmente? Como explicar a extinção conjunta de predadores e presas? Por que algumas espécies se extinguem e outras não? Por que algumas extinções afetam às vezes poucas espécies e outras podem exterminar mais da metade da vida do Planeta?

Bom, podemos explicar essa última questão de acordo com duas diferentes escalas de abordagem, que são:

-->
Extinções de Menor Escala


* Pseudo-Extinção ou Extinção Filética: segundo essa abordagem, uma das causas de extinção é justamente a Evolução. Neste tipo de processo, os descendentes de uma população original de modificam ao ponto de serem considerados como uma nova espécie e a espécie original como extinta.


* Extinções Decorrentes das Interações Entre os Organismos Vivos: existem várias situações teóricas em que a simples interação ente organismos, no dia-a-dia e ao longo dos séculos e milênios, poderia levar à extinção de uma ou mais espécies, sem deixar descendentes. Um exemplo seria o surgimento de um predador eficiente que não dependesse de uma determinada presa para se alimentar; como o Homo sapiens que desde o seu surgimento, teria levado inúmeras espécies à extinção. Ou o surgimento de uma espécie mais eficiente que passasse a competir com outra por um mesmo nicho.


--> Extinções em Larga Escala ou Extinções em Massa


* Em alguns momentos da Terra surgiram situações em que uma significativa porção de tudo o que era vivo no planeta foi totalmente eliminada. Estes episódios são chamados de extinções em massa, sendo o mais famoso deles aquele que envolve o fim dos dinossauros. O rol dos agentes potenciais que podem, sozinhos ou combinados, terem sido os responsáveis por estas extinções são: deriva continental, tectônica, vulcanismo, impacto de meteoros e radiações cósmicas.


Em resumo, esta combinação de fatores tectônicos e climáticos teria afetado drasticamente tanto a fauna quanto a flora existentes, levando à extinção uma significativa parcela das espécies existentes.