As Partes Moles Também São Fossilizadas?

on quinta-feira, 9 de abril de 2009

Sim! E a prova disso é que agora os cientistas têm encontrado fósseis com 95 milhões de anos, os quais demonstram que a origem dos modernos polvos é muito anterior ao que se pensava. Estes fósseis são muito pouco frequentes, uma vez que as possibilidades de que o corpo do polvo, uma vez morto, dure o suficiente para que fossilize são muito remotas, devido às características naturais do corpo.

O polvo não possui esqueleto interno bem desenvolvido e seu corpo está composto praticamente na sua totalidade pela pele e os músculos, pelo que, quando morre se degrada rapidamente, convertendo-se numa massa gelatinosa que em poucos dias não ficará absolutamente nada, mesmo sem contar com os animais que comem os corpos mortos. E é isso o que praticamente impede a fossilização do seu corpo, e o que faz muito mais difícil as investigações evolutivas sobre os mesmos.

Um grupo de paleontólogos identificou recentemente três novas espécies de polvo (fósseis), descobertas em rochas do Cretácico no Líbano. As cinco amostras têm 95 milhões de anos, mas, surpreendentemente, preservam os seus oito tentáculos, com pegadas dos músculos e as características de ventosas. Inclusive algumas amostras apresentam os rastros da tinta e das brânquias internas. Estão, extremamente, bem conservadas. Mas o que mais surpreendeu aos cientistas foram as semelhanças que há entre estes fósseis e os exemplares modernos.

Isto empurra as origens do polvo moderno umas dezenas de milhões de anos para trás, e mesmo isto sendo cientificamente importante, tal vez o mais notável em relação a estes fósseis é que, simplesmente, existem.

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Fonte: Ciência às Cores

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